Curso ENEM - Aula 3 - Questões de História
Medievalidade
Europeia
1) No início foram as cidades. O intelectual da Idade Média
– no Ocidente – nasceu com elas. Foi com o desenvolvimento urbano ligado às
funções comercial e industrial – digamos modestamente artesanal – que ele
apareceu, como um desses homens de ofício que se instalavam nas cidades nas
quais se impôs a divisão do trabalho. Um homem cujo ofício é escrever ou
ensinar, e de preferência as duas coisas a um só tempo, um homem que,
profissionalmente, tem uma atividade de professor e erudito, em resumo, um
intelectual – esse homem só aparecerá com as cidades.
O surgimento da categoria mencionada no período em destaque
no texto evidencia o(a):
a) apoio dado pela Igreja ao trabalho abstrato.
b b) relação entre desenvolvimento urbano e divisão
de trabalho.
c) importância organizacional das corporações de
ofício.
d d) progressiva expansão da educação escolar.
e) acúmulo de trabalho dos professores e eruditos.
2) Sou uma pobre e velha mulher,
Muito ignorante, que nem sabe ler.
Mostraram-me na igreja da minha terra
Um Paraíso com harpas pintado
E o Inferno onde fervem almas danadas,
Um enche-me de júbilo, o outro me aterra.
VILLON, F. In: GOMBRICH, E. História da arte. Lisboa: LTC,
1999.
Os versos do poeta francês François Villon fazem referência
às imagens presentes nos templos católicos medievais. Nesse contexto, as
imagens eram usadas com o objetivo de:
a) refinar o gosto
dos cristãos.
b) incorporar ideais
heréticos.
c) educar os fiéis
através do olhar.
d) divulgar a
genialidade dos artistas católicos.
e) valorizar
esteticamente os templos religiosos.
3) Avalie as seguintes afirmações a respeito dos textos abaixo,
que tratam das Cruzadas.
I
Os textos referem-se ao mesmo assunto — as Cruzadas,
ocorridas no período medieval —, mas apresentam visões distintas sobre a
realidade dos conflitos religiosos desse período histórico.
II
Ambos os textos narram partes de conflitos ocorridos entre
cristãos e muçulmanos durante a Idade Média e revelam como a violência contra
mulheres e crianças era prática comum entre adversários.
III Ambos narram conflitos ocorridos durante as Cruzadas
medievais e revelam como as disputas dessa época, apesar de ter havido alguns
confrontos militares, foram resolvidas com base na idéia do respeito e da
tolerância cultural e religiosa.
É correto apenas o que se afirma em:
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.
4) Se a mania de fechar, verdadeiro habitus da mentalidade
medieval nascido talvez de um profundo sentimento de insegurança, estava
difundida no mundo rural, estava do mesmo modo no meio urbano, pois que uma das
características da cidade era de ser limitada por portas e por uma muralha.
DUBY, G. e t al. “Séculos XIV-XV” . In: ARIÈS, P.; DUBY, G.
História da vida privada da Europa Feudal à Renascença. São Paulo: Cia. das
Letras, 1990 (adaptado).
As práticas e os usos das muralhas sofreram importantes
mudanças no final da Idade Média, quando elas assumiram a função de pontos de
passagem ou pórticos. Este processo está diretamente relacionado com:
a) o crescimento das
atividades comerciais e urbanas.
b) a migração de
camponeses e artesãos.
c) a expansão dos
parques industriais e fabris.
d) o aumento do
número de castelos e feudos.
e) a contenção das
epidemias e doenças.
5) O café tem origem na região onde hoje se encontra a
Etiópia, mas seu cultivo e consumo se disseminaram a partir da Península Árabe.
Aportou à Europa por Constantinopla e, finalmente, em 1615, ganhou a cidade de
Veneza. Quando o café chegou à região europeia, alguns clérigos sugeriram que o
produto deveria ser excomungado, por ser obra do diabo. O papa Clemente VIII
(1592-1605), contudo, resolveu provar a bebida. Tendo gostado do sabor, decidiu
que ela deveria ser batizada para que se tornasse uma “bebida verdadeiramente
cristã” .
THORN, J. Guia do café. Lisboa: Livros e livros, 1998
(adaptado).
A postura dos clérigos e do papa Clemente VIII diante da
introdução do café na Europa Ocidental pode ser explicada pela associação dessa
bebida ao:
a) ateísmo.
b) judaísmo.
c) hinduísmo.
d) islamismo.
e) protestantismo.
6)
a) a associação que
Hitler estabeleceu entre o III Reich e o Sacro Império Romano Germânico.
b) o retorno dos
valores cristãos medievais, presentes nos documentos do Concílio Vaticano II.
c) a luta dos negros
sul-africanos contra o apartheid inspirada por valores dos primeiros cristãos.
d) o fortalecimento
político de Napoleão Bonaparte, que se justificava na amplitude de poderes que tivera Carlos Magno.
e) a tradição heroica
da cavalaria medieval, que foi afetada negativamente pelas produções cinematográficas de Hollywood.
Movimentos de
Reforma Religiosa: protestantes e católicos
7) Assentado, portanto, que a Escritura, em muitas
passagens, não apenas admite, mas necessita de exposições diferentes do
significado aparente das palavras, parece-me que, nas discussões naturais,
deveria ser deixada em último lugar.
GALILEI, G. Carta a Dom Benedetto Castelli. In: Ciência e
fé: cartas de Galileu sobre o acordo do sistema copernicano com a Bíblia. São
Paulo: Unesp, 2009 (adaptado).
O texto, extraído da carta escrita por Galileu (1564-1642)
cerca de trinta anos antes de sua condenação pelo Tribunal do Santo Ofício,
discute a relação entre ciência e fé, problemática cara no século XVII. A
declaração de Galileu defende que
a) a Bíblia, por registrar literalmente a palavra
divina, apresenta a verdade dos fatos naturais, tornando-se guia para a
ciência.
b) o significado aparente daquilo que é lido acerca
da natureza na Bíblia constitui uma referência primeira.
c) as diferentes
exposições quanto ao significado das palavras bíblicas devem evitar confrontos
com os dogmas da Igreja.
d) a Bíblia deve
receber uma interpretação literal porque, desse modo, não será desviada a
verdade natural.
e) os intérpretes
precisam propor, para as passagens bíblicas, sentidos que ultrapassem o
significado imediato das palavras.
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